sábado, 10 de outubro de 2015


Missão " PAZ PARA TODAS AS NAÇÕES " SETEMBRO DE 2015
Chókwè ou Chokwé é uma cidade moçambicana da província de Gaza e sede do distrito do mesmo nome. Em 2002, estimava-se que o município teria 50 000 habitantes, numa área de 50  km².
Situada junto ao rio Limpopo, numa área de grande potencial agrícola, a povoação tomou o nome de Vila Trigo de Morais em 25 de Abril de 1964, em homenagem ao Eng. António Trigo de Morais, responsável pelo desenvolvimento do regadio do Limpopo. Em 17 de Agosto de 1971 foi elevada a cidade e em 13 de Março de 1976 passa a denominar-se Chókwè[1] .
O Chókwè é, desde 1998, um município com governo local eleito. O primeiro presidente do Conselho Municipal do Chókwè foi Salomão Tsavane, eleito em 1998[2] , sendo sucedido em 2003 por Jorge Macuácua, releito para o cargo em 2008. Os dois presidentes representaram o Partido Frelimo[3] . A actual presidente do Conselho Municipal da cidade chama-se Lídia Frederico Cossa Camela, eleita nas eleições autárquicas de 2013, representando o partido Frelimo

NOTÍCIAS DA ÁFRICA - CHOKWÉ
QUANDO Olinda M. começou a frequentar a Escola Primária de São Vicente de Paulo, no distrito de Chókwè, província de Gaza, estava debilitada. Durante as aulas tremia devido à doença e à fome.
Com a ajuda, a rapariga recompôs-se, ganhou peso e virou uma aluna brilhante na escola.
É neste estado que algumas crianças órfãs e de famílias de pouca posse financeira chegam àquele estabelecimento de ensino das Irmãs Vicentinas Filhas da Caridade. Na instituição, que lecciona de 1 a 7ª classes, estão inscritas 1101 crianças. Destas, 118 lutam para se manter na escola para um dia vencer a pobreza. Olinda estava nesta condição.
Para não abandonar as aulas, os alunos necessitados contam com a ajuda da associação Um Pequeno Gesto (UPG) que busca parcerias com outras organizações para garantir material escolar, lanche, cesta básica e aulas de apoio. Esta associação ajuda também aos encarregados de educação dos alunos em projectos de geração de rendimentos.
Hilário Langa, técnico da UPG, conta que a associação se apercebeu de que Olinda precisava de ajuda porque andava sempre doente e fraca. Por volta das 10 horas da manhã tremia, uma vez que medicava sem antes ter se alimentado.
“Passamos a oferecê-la lanche e uma cesta básica à sua família. Recuperou e ficámos muitos felizes”, observou Hilário Langa.
Filha de pai cego e órfã de mãe, Olinda é a mais velha entre os irmãos, cujo número não especificou. Na escola passou a figurar na lista dos melhores alunos, embora tivesse a dupla tarefa de cuidar da família e dedicar-se aos estudos.
Quando tudo parecia correr bem, segundo Hilário Langa, eis que a desgraça chega. Aos 14 anos, já na 7.ª classe, esta menina é forçada a casar com um homem muito mais velho que ela, trabalhador das minas da África do Sul. O pai da rapariga diz que não podia impedir que se realizasse o “lobolo” porque a família assim decidira.
Já casada, Olinda passou a viver numa região distante da escola. Engravidou e foi obrigada a abandonar a escola. O filho que viria a nascer perdeu a vida e ela começou a adoecer. A família do marido da Olinda devolveu-a à casa do pai.
“Fiquei chocado com a estória desta criança. Era muito inteligente. Até hoje não entendo por que é que o pai permitiu que a menina casasse. Não sei se é por causa da pobreza…Tentámos participar o caso ao Gabinete de Atendimento a Mulher e Criança Vítima de Violência, mas não tivemos sucesso. A Polícia considera este tipo de casos é comum no Chókwè, ou seja estas que situações são tidas como normais naquele ponto do país, e que o assunto só poderia ser resolvido na esfera familiar”, lamentou Hilário Langa.
Olinda é apenas uma entre várias vítimas de casamentos prematuros e forçados no nosso país, em particular. As meninas pobres e que vivem em zonas rurais são as que mais sofrem com esta prática determinada por questões culturais.
Segue-se depois a gravidez e poucas conseguem continuar com os estudos. Para além de isso, algumas contraem doenças, outras perdem a vida ou vê os seus bebés falecer.
O relatório das Nações Unidas sobre a situação da população mundial do ano, tornado público ano passado revela que nove em cada dez raparigas ingressam no Ensino Primário em Moçambique, mas apenas cerca de duas de cada dez chegam ao nível secundário. O mesmo documento indica que em países em vias de desenvolvimento, tal como o nosso, cerca de 70 mil adolescentes morrem anualmente de causas relacionadas com a gravidez e o parto.
SOLUÇÃO PARA ALUNAS “RETIDAS” EM CASA
NA Escola de São Vicente de Paulo há alunos que faltam às aulas com regularidade. Outros chegam mesmo a abandonar os estudos para a vizinha África do Sul, casar ou cuidar dos irmãos mais novos.
A professora Erma Zico explica que uma das dificuldades que os alunos têm é falar a língua portuguesa. “Muitas crianças falam Changana e não estão habituadas a expressar-se em Português. Por vezes, tenho que explicar na língua local”, refere Erma Zico.
Para esta professora, as meninas são as que mais faltam à escola porque as mães as deixam em casa para cuidar dos irmãos mais novos, enquanto elas se dedicam ao trabalho da machamba para o sustento da família.
“Estamos a lidar com alguns encarregados de educação que não entendem ainda o valor da educação formal. Há muitos mineiros bem sucedidos no Chókwè em relação a algumas pessoas formadas, o que deixa as pessoas embaraçadas”, entende Hilário Langa.
Para inverter o cenário, as crianças são ocupadas quase todo o dia, isto é, durante o período que não tem aulas são envolvidas em estudos orientados, limpeza da escola e produção da horta.
“Convidamos também aos encarregados de educação a participar no trabalho da horta. Eles, geralmente vêm no mesmo dia em que o aluno tem estudos orientados. Isto permite garantir que a mãe ou a criança esteja na escola. Se um falta saberemos do outro as razões, e assim procuramos a solução. Se os dois não se fazem presente, dedicamos a sexta-feira para ir à casa das crianças saber o porquê da sua ausência na escola”, explica Hilário.
Esta forma de agir tem ajudado muito a garantir que as crianças não abandonem as aulas.
Referência : Notícia Online -
http://www.jornalnoticias.co.mz/

domingo, 15 de junho de 2014




MINISTÉRIO DE INTERCESSÃO GERANDO VIDAS
Estamos vivendo em tempos de correria e angústia profunda  dentro das almas das pessoas.Os conceitos humanos tem prevalecidos, a  a verdade da Palavra de Deus é escarnecida cada vez mais. E diante disso, o que o cristão deve fazer para não se contaminar com as ofertas e fascínio deste mundo?
A perseverança na Oração é a forma eficaz de nos mantermos isentos de todo o  lixo deste mundo.
E como ministros de Deus somos chamados para orarmos e intercedermos por todos os homens.

Pesquisando sobre  "Orações que antecederam grandes avivamentos",encontrei este texto que segue abaixo; achei muito interessante. Que o Espírito Santo venha levantar um exército de Adoradores Intercessores que busquem por esta nação. O Brasil precisa de Nossas Orações.                                              Miss Angelina 


Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo” (Tg 5.16).

Todos os grandes ganhadores de almas foram pessoas de oração intensa e poderosa, assim como todos os grandes avivamentos foram precedidos e acompanhados por trabalho árduo, de joelho, perseverante e determinado, no quarto de oração.
Paulo orava sem cessar. Dia e noite, suas orações, súplicas e intercessões subiam a Deus (At 16.25; Fp 1.3-11; Cl 1.3,9-11).
O batismo no Espírito e as três mil conversões em um só dia foram precedidos por dez dias de oração e adoração, por períodos de sondar o coração e investigar a Palavra. Mesmo depois, continuaram em oração até que, num outro dia, cinco mil se converteram e “muitíssimos sacerdotes obedeciam à fé” (At 2.4-6; 4.4; 6.4-7).
Lutero costumava orar três horas por dia, e quebrou o jugo opressor de séculos, libertando nações inteiras.
John Knox passava noites em oração e clamava a Deus, dizendo: “Dá-me a Escócia, senão eu morro!”. E Deus lhe deu a Escócia.
Richard Baxter, um puritano inglês do século 17, marcava as paredes do quarto com o hálito de suas orações, e colocou em movimento ondas de salvação que passaram por toda a nação.
Vez após vez, John Wesley, em seus diários (que só perdem para o livro de Atos em matéria de relatos vívidos) conta sobre períodos de metade da noite ou de noite inteira em oração. Como resultado, Deus visitava multidões e as abençoava além de qualquer expectativa. Ele e seus ajudantes foram capacitados sobrenaturalmente a resgatar a Inglaterra do paganismo e a trazer um avivamento de paixão pura e agressiva por Deus a várias partes do mundo.
David Brainerd ficava prostrado no chão congelado à noite, envolto numa pele de urso, cuspindo sangue e clamando a Deus para salvar os índios. O Senhor o ouviu e convertia os pobres, ignorantes, briguentos e embriagados nativos às dezenas e centenas, levando-os a uma vida limpa e santificada.
Na véspera do dia em que Jonathan Edwards pregou o maravilhoso sermão que desencadeou o avivamento que abalou a região da Nova Inglaterra, ele e vários outros passaram a noite em oração.
Um jovem chamado John Livingston, na Escócia, foi designado para pregar numa das grandes assembleias. Sentindo sua total debilidade, ele passou a noite em oração. No dia seguinte, sua pregação resultou na conversão de 500 pessoas. Glória a Deus! Oh, meu Senhor, levanta pessoas que orem hoje dessa mesma forma!
Charles Finney orava até comunidades inteiras serem conquistadas pelo poder do Espírito de Deus, e as pessoas não conseguirem resistir à extraordinária influência divina. Numa determinada ocasião, ele ficou tão esgotado pela intensidade de seu trabalho no ministério que amigos o obrigaram a se afastar um pouco e fazer uma viagem à região do Mar Mediterrâneo. Mesmo assim, ele permaneceu tão focado na conversão dos perdidos que não conseguiu descansar. Logo que retornou, uma agonia de alma em favor da evangelização do mundo tomou conta de todo o seu ser. A intensidade dessa agonia foi crescendo a ponto de levá-lo a passar o dia inteiro em oração. À noite, veio o descanso e a segurança no espírito de que Deus mesmo levaria essa tarefa adiante.
Quando chegou a Nova York, ele fez uma série de pregações chamadas Palestras sobre avivamento (Revival Lectures), que foram publicadas e distribuídas nos Estados Unidos e em vários outros países, resultando em avivamentos por toda parte. Mais tarde, seus escritos caíram nas mãos de Catherine Booth e a influenciaram tremendamente. Podemos dizer que o Exército de Salvação foi em parte uma resposta de Deus às orações insistentes e súplicas agonizantes de Finney para que Deus glorificasse seu próprio nome e redimisse o mundo...                                   Continua em uma prox. publicação....
  
Extraído de Helps To Holiness (Auxílios para a Santidade).
Samuel Brengle (1860-1936) era comissário e pregador do Exército de Salvação.

domingo, 1 de junho de 2014

SUBMISSÃO - UM PRINCÍPIO DE DEUS

Estudar sobre Autoridade Espiritual pode parecer a alguns que se trata de um tema seco, mas a essência da própria espiritualidade está na relação certa de obediência a Deus. O Senhor age a partir do seu trono que está estabelecido sobre a sua autoridade. Isto é básico e coloca tudo como Deus quer.

                 Louvar, orar, jejuar ou fazer qualquer coisa sem submissão não tem valor para Deus. É mecânico e sem vida.         

I. Princípio Divino: Deus é autoridade em si mesmo, e tudo que no mundo (cosmos) existe é sustentado pela palavra do poder de sua autoridade (Hb 1.3): “O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas”.
Nada sobrepuja a autoridade de Deus no universo.
Logo, é indispensável, para todo aquele que deseja cooperar com o Senhor, conhecer a autoridade de Deus.
Entrar em contado com a autoridade do Senhor é o mesmo que entrar em sintonia direta com Deus.
A maior das exigências que Deus faz ao homem não é a de carregar a cruz, servir, fazer ofertas, ou negar-se a si mesmo. A maior das exigências é que obedeça.
"Tem porventura o Senhor tanto prazer em holocausto e sacrifícios quanto em que se obedeça a sua palavra? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender melhor do que a gordura de carneiros. Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e a obstinação é como idolatria e culto a ídolos do lar. Visto que rejeitaste a palavra do Senhor, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei." (1 Sm 15.22-23)
Diante disso, rejeitar uma ordem de Deus é o mesmo que ir contra o próprio Deus. No Reino de Deus está implícita a Dependência. Dependência a tudo que o Senhor determina, isto é, sendo-lhe completamente submisso. Jesus prega o Evangelho do Reino porque conhece o problema principal do homem: a sua independência para com Deus.
 NA INDEPENDÊNCIA ESTÁ IMPLÍCITA A REBELDIA. E o Evangelho do reino ataca a causa, levando o homem à dependência do Senhor e, conseqüentemente, a torná-lo salvo e regenerado. O evangelho do reino é a única maneira de recuperar um rebelde.

II. Princípio Satânico: "O arcanjo transformou-se em Satanás quando tentou usurpar a autoridade de Deus, competir com Deus, e assim se tornou um adversário de Deus. Foi a rebeldia que provocou a queda de Satanás" (Is 14.12-15; Ez 28.13-17).
A intenção de Satanás de estabelecer o seu trono acima do trono de Deus foi o que violou a autoridade do Senhor. O princípio de rebelião é passado a todos os homens depois da queda de Adão. Este princípio o Senhor abomina: é como feitiçaria.
Sempre que alguém peca contra a autoridade de Deus, peca diretamente contra o Senhor. Não podemos permitir espaço para rebeldia em nossas vidas. Temos que vivê-las em completa santidade, assim como Jesus, que em nada foi rebelde ao Pai. Ele vivia, como vive, para agradar ao Pai e em tudo lhe ser submisso.

III. Autoridade Delegada: Romanos 13.1 - O princípio de autoridade delegada é que rege todas as relações do homem com o homem, bem como do homem para com Deus. Todas as coisas estão debaixo deste princípio, nada está solto. Este é um princípio de ordem e paz, nunca de confusão. Deus assim criou todas as coisas, mas ao rebelar-se, Lúcifer gerou a confusão. E, pior, está levando todos os homens a viverem debaixo do princípio de rebelião.
Como funciona o princípio de autoridade delegada? Na Trindade temos que o Pai é igual ao Filho, que é igual ao Espírito Santo. Na essência os três são iguais. Todavia, o Pai, o Filho e o Espírito Santo são diferentes nas funções.
O Pai enviou o Filho (Jo 4.34).
O Filho veio (Jo 16.28).
O Filho foi obediente ao Pai (Jo 8.29).
O Filho enviou o Espírito Santo (Jo 15,26;14.26).
O Espírito Santo veio (At 2.16-17). O Espírito Santo é obediente ao Filho (Jo 16.12-15).
A Trindade é a fonte de toda a verdade. Este princípio divino é encontrado em todas as relações estabelecidas por Deus. Temos que numa família o pai é igual â mãe, que é igual aos filhos. O ocorre que na família, o pai é o cabeça e a mãe a ajudadora. Eles são iguais, têm o mesmo valor para o Senhor, mas têm funções diferentes.
Há uma tendência de se pensar que se submeter é ser inferior. Jesus nunca foi inferior ou menor que o Pai pelo simples fato de lhe ser submisso. Pelo contrário, Jesus Cristo tem o nome que está acima de todo nome (Fp 2.9). Temos que entender que entre iguais há uma relação de autoridade e submissão. Isto faz parte da ordem divina. As autoridades delegadas estão em todas as áreas de nossas vidas. Um discípulo do Senhor deve, onde estiver, procurar saber quem é a autoridade delegada para a ela se submeter.

A. Deus Delega Autoridades em Todas as Áreas da Vida:
Civil: Rm 13.1-3.
Trabalho: Ef 6.5-6; Tt 2.9-10; 1 Tm 6.1-2.
Família: Ef 5.22-24; 6.1-4.
Igreja: 1Co 12.28
Todo discípulo do Senhor, onde estiver, procura saber quem é a autoridade, para a ela se submeter. Não há espaço para o "super-espiritual".

B. O Problema do Super-Espiritual:
Quem é este ? É aquele que aparenta espiritualidade, mas esconde uma grande rebelião e que traz muito dano ao corpo de Cristo. O super-espiritual costuma dizer: "Eu só obedeço a Cristo, o Senhor. Não estou sujeito a nenhum homem!" Isto é loucura. Toda vez que se diz "Deus, quero te obedecer", o Senhor responde bem claro e preciso: "Ótimo! Então, obedeça ao teu marido, teu pai, teu chefe, teu pastor!" Aí aparece o super-espiritual declarando: "Não, eu só obedeço ao Senhor, a ninguém mais. Só obedeço o que tu me falares pessoalmente!" E, o Pai, responde com toda firmeza: "Mas o meu desejo é que me obedeças através deles". Regularmente escutamos esta outra resposta: "Você não sabe quem é o meu marido, pai, chefe". Ou ainda: "Meu marido é um alcoólatra, meu pai é incrédulo…"
É inadmissível declarar obediência a Deus e não às autoridades por Ele delegadas. Sempre que obedecemos às autoridades delegadas estamos submissos a Deus, estamos agradando ao Pai. Obedecer somente quando se concorda não é espírito de submissão. É rebeldia e independência. Importa que, concordando ou não com a ordem, a obedeçamos de coração. É assim que se age perante Deus.
Enquanto não reconhecemos as autoridades delegadas sobre nós, não chegaremos à maturidade nem ao alvo. Precisamos de guias que nos levem pelas mãos, para que não fiquemos no caminho, sem atingirmos o alvo: "...jazem nas estradas de todos os caminhos, como o antílope na rede" (Is 51.17-20). Os homens esperam que a igreja apareça e os tome pelas mãos, guiando-os, levando-os pelo caminho em que devem andar.

IV. Submissão, um Princípio de Deus
A. O que é Submissão? Não é mera obediência externa, nem tão pouco quando controlado. Submissão é prestar obediência inteligente a uma autoridade delegada. É exteriorizar um espírito submisso, mesmo quando ninguém está por perto. É renunciar à opinião própria quando se opõe à orientação daqueles que exercem autoridade sobre nós.
Quando é que aprendemos o que é a submissão? Quando é que nos convertemos? Quando aceitamos o senhorio de Cristo sobre nossas vidas. Quando verdadeiramente renuncio a tudo o que tenho, nego a mim mesmo , tomo a cruz e sigo ao Senhor. Sigo submisso às direções e orientações que recebo das autoridades delegadas. "Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus", "antes a si mesmo se esvaziou"... "a si mesmo se humilhou", "tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz" (Fp 2 5-8). Só existe um caminho para a submissão, andar como Cristo andou (1Jo 2.6). Ele é o nosso modelo. E, "embora sendo Filho (Jesus homem), aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu" (Hb 5.8).
Sem submissão jamais chegaremos ao alvo. Nem estaremos sendo cooperadores do Senhor. Se alguém é independente, rebelde, não é membro do corpo, pois sendo membro será sempre dependente, submisso. Como pode um membro subsistir no corpo se não se submeter às ordens da cabeça? Assim também nós não podemos subsistir no corpo de Cristo se não formos sujeitos as autoridades delegadas. Quando uma mulher não se submete ao seu marido, ou quando um filho não obedece ao seu pai, ou quando o empregado não acata a ordem de seu chefe, ou quando o discípulo não se submete aos autoridades, é porque estão cheios de si mesmos. Quem está cheio de Cristo está cheio de obediência. O evangelho do reino aniquila com a independência do homem, bem como com a rebeldia: faz do homem um Ser submisso.
B. Os Frutos da Sujeição. Quando o homem vive no princípio de submissão às autoridades delegadas por Deus, ele desfruta de benefícios desejados por todos os homens, a saber:
paz, ordem e harmonia no corpo de Cristo;
edificação e formação de vidas;
unidade e saúde na igreja;
cobertura e proteção espiritual.

V. Autoridades Delegadas na Igreja.
A igreja de Cristo é governada por Cristo e, não, pelo povo. Não existe democracia na igreja, porque a igreja não é do povo, é de Deus. O que existe é a teocracia: o governo de Deus através de suas autoridades delegadas.
É impossível edificar a alguém que não se submete à autoridade. Não há nada mais frustrante do que apascentar "cabras e bodes". Um filho espiritual obedece naturalmente.
A. Quem são as Autoridades Delegadas na Igreja?
Cristo : Ef 1.20-22.
Palavra : Mt 7.24; Jo 15.10; Cl 3.16-17. Ninguém pode dizer que é submisso a Cristo e sua igreja se não obedece à palavra do Senhor.
Apóstolos : At 2.42; 20.17; 2Ts 3.4,6,10,12; 2Co 11.34; 16.1; Tt 1.5. Os apóstolos determinavam a doutrina e usavam amplamente a autoridade que Deus lhes havia outorgado. A igreja continua necessitando desse ministério. Continua precisando que os apóstolos ordenem tudo, estabeleçam o reino de Deus com clareza e firmeza.
Pastores : Ef 4.11, 1Tm 5.17. Estes, como os apóstolos, profetas e evangelistas, são ministérios específicos de governo e têm a responsabilidade de manterem o ensino, a visão, a doutrina sempre firmemente claros, cuidando para que não percam sua consistência, e fiquem fofos.
Paterna : Ef 5.22-24; 6.1-3; 1Co 11.3. O homem é o cabeça, autoridade delegada por Deus no seu lar, isto porque o Senhor assim o constitui para o desenvolvimento harmônico da família. O homem não deve ser "ditador" nem tão pouco um "frouxo". Ele deve ordenar, governar sua casa dentro dos princípios divinos, com amor. O cabeça deve sempre procurar escutar o ponto de vista de sua esposa. E a mulher deve deixar com o marido a responsabilidade da decisão. A mulher e os filhos precisam da proteção e da autoridade do esposo e pai em todas as áreas de suas vidas. É assim que Deus determinou, mesmo que ele, marido ou pai, seja incrédulo.
Guias : 1Co 16.16; 1Ts 5.12-13; Hb 13.17. Todos devem estar ligados por "juntas" ou "ligamentos", no corpo de Cristo (1Co 12.12-13). São estes que nos unem ao corpo, nos presidem e nos fazem conhecer as ordens do cabeça, nos ensinam e nos conduzem, guiando-nos no caminho do Senhor , sem necessariamente serem pastores. Isto faz um corpo coeso e firme.
Uns Aos Outros : Ef 5.21; 1Pe 5.5. Isto embeleza a casa de Deus. Livra a igreja de uma hierarquia religiosa. Todos se comunicam entre si compartilhando a palavra do Senhor, aconselhando ou mesmo corrigindo uns aos outros.

B. Estar Sob Autoridade Realça a Personalidade Ser submisso não aniquila, nem castra a personalidade de ninguém.
Pelo contrário, realça a vida de qualquer um. Cristo foi o tempo todo submisso, humilde, sempre servindo. E o que ocorreu com Ele? Jesus Cristo recebeu o nome que está acima de todo nome (Fp 2.9).
"As palavras que vos digo não vos digo por mim mesmo" (Jo 14.10). Os escribas eram "papagaios", mas Jesus tinha autoridade porque estava sob a autoridade do Pai (Mc 1.22). A autoridade que tinha para perdoar os pecados vinha da submissão ao Pai (Mc 2.10). A autoridade dinâmica que Jesus teve extrapolou as tradições. Teve coragem para isto, porque estava sempre sob a autoridade do Pai ex.: os cambistas no templo, Jo 2.13-16
Deus quer uma família de muitos filhos semelhantes a Jesus, por isso nos coloca a todos sob o seu princípio de Autoridade e Submissão. Aleluia!
VI. Qual é o Propósito da Autoridade na Igreja? Para cumprir a grande comissão: "Ide, fazei discípulos…" (Mt 28.19-20). A autoridade está para ensinar, educar na justiça, instar, aconselhar, ordenar, corrigir, consolar, repreender, disciplinar, animar e abençoar (2Tm 2.2; 3.14-17; 4.1-4; Tt 2.11-15; 3.8-11).

VII. Ser Autoridade Delegada Por Deus Somente aquele que está sob autoridade na igreja poderá receber autoridade.
Não é possível ser autoridade e ser independente. O exemplo é o que respalda a autoridade.
No mundo, "os governadores dos povos os dominam" e "os maiorais exercem autoridades sobre eles" (Mt 20.25). Além do mais, são sempre servidos. No Reino de Deus, paradoxalmente, é bem diferente: a autoridade é para servir: "quem quiser ser grande entre vós. será o que vos sirva" (Mt 20.26-27). A motivação da autoridade deve ser sempre o serviço. Não podemos usar a autoridade que recebemos em benefício próprio.
O princípio da autoridade deve ser respeitado e vivido quotidianamente, pois é um princípio de Deus que, praticado, é uma bênção. Abandonado, não respeitado, poderá redundar em maldição. Davi, submisso à autoridade de Deus, foi, por Ele, considerado o homem segundo o seu coração. Foi uma bênção.

"Todo homem esteja sujeito ás autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas." (Romanos 13:1)

Extraído do Portal Casa do Senhor.                                               Postado por  Miss. Angelina Alves -IECP /Diadema